quinta-feira, 17 de novembro de 2011

LUÍS DE CAMÕES - SONETO / Redação nota 10 UFSC

LUÍS DE CAMÕES - SONETO




Luís Vaz de Camões (Lisboa, c. 1524 — Lisboa, 10 de junho de 1580) foi um célebre poeta de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura em língua portuguesa e um dos grandes poetas do Ocidente.
Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Aparentemente nasceu em Lisboa, de uma família da pequena nobreza. Sobre a sua infância tudo é conjetura mas, ainda jovem, terá recebido uma sólida educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e a história antigas e modernas. Pode ter estudado na Universidade de Coimbra, mas a sua passagem pela escola não é documentada. Frequentou a corte de Dom João III, iniciou a sua carreira como poeta lírico e envolveu-se, como narra a tradição, em amores com damas da nobreza e possivelmente plebeias, além de levar uma vida boémia e turbulenta. 
Escreveu a sua obra mais conhecida, a epopeia nacionalista Os Lusíadas. Depois que publicou Os Lusíadas e recebeu uma pequena pensão do rei Dom Sebastião pelos serviços prestados à Coroa, mas nos seus anos finais parece ter enfrentado dificuldades para se manter.
Logo após a sua morte a sua obra lírica foi reunida na coletânea Rimas, tendo deixado também três obras de teatro cómico. Enquanto viveu queixou-se várias vezes de alegadas injustiças que sofrera, e da escassa atenção que a sua obra recebia, mas pouco depois de falecer a sua poesia começou a ser reconhecida como valiosa e de alto padrão estético por vários nomes importantes da literatura europeia, ganhando prestígio sempre crescente entre o público e os conhecedores e influenciando gerações de poetas em vários países. Camões foi um renovador da língua portuguesa e fixou-lhe um duradouro cânone; tornou-se um dos mais fortes símbolos de identidade da sua pátria e é uma referência para toda a comunidade lusófona internacional. Hoje a sua fama está solidamente estabelecida e é considerado um dos grandes vultos literários da tradição ocidental, sendo traduzido para várias línguas e tornando-se objeto de uma vasta quantidade de estudos críticos. Ele e pedido como parte de bibliografia obrigatória nas melhoeres faculdades, do Brasil e do Mundo.

Tome-se como exemplo um soneto muito conhecido:


"Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?"

Luis de Camões

Todos os paradoxos criados pela idealização amorosa são enfatizados pela própria estrutura poética, cheia de antíteses, metáforas, silogismos, oposições e inversões, que na análise de Cavalcante

"... configuram um jogo elegante e sonoro de linguagem enquanto o poema desenvolve os paradoxos para expressar o sentido tanto universal quanto contraditório do amor. Diante do sentimento, o homem torna-se frágil, a linguagem é insuficiente, a palavra, ilógica e sem razão. Ao expressar o "eu" universal, Camões joga com escrita/escritura, fazendo desta última o mais puro "estranhamento" e novidade, ainda que pudesse estar inspirado nos modelos clássicos".(Cavalcante)
 
(Renato Russo/Monte Castelo)


O  Vestibular da Universidade federal de Santa Catarina cobrou dos candidatos a interpretação do seguinte trecho de poema de Camões:

'Ah, Camões!, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internet
e descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo !'

Uma vestibulanda de 18 anos deu a sua interpretação :

A Vestibulanda ganhou nota DEZ: pela originalidade, pela
estruturação dos versos, das rimas insinuantes, e também por ter sido a primeira v ez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou que o problema de Camões era apenas falta de mulher...

Além da avaliação dos professores da Universidade Federal Des Santa Catarina, ela foi avaliado por professores da USP/SP e Unicamp/Campinas-SP e todos concordaram com a nota Dez (10)!!!!( Jornal Folha de SP)

Um comentário:

  1. Meu primeiro contato com este senhor foi no período do vestibular, e vou dizer uma coisa, ele escreveu os sonetos emocionantes, é o nosso Shakespeare e um dia, um dia até o fim da minha vida eu vou ler "Os Lusíadas"prometo!!!! hhehehehheheh

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